quinta-feira, 4 de abril de 2019

AVENTURA, TARTARUGA!!!

Depois de ser salva por pescador, no litoral baiano, e tratada no Projeto TAMAR, a tartaruga volta ao mar emocionando as pessoas.


A cena aconteceu, há cerca de 2 anos,  na Praia do Forte, sede do projeto TAMAR. Dezenas de pessoas assistiram, emocionadas, a cena da Tartaruga-Cabeçuda entrando na água, voltando à sua vida no mar, quatro meses depois de ser salva por um pescador e pelo tratamento recebido das equipes do Tamar.

Foi uma alegria geral. Crianças e adultos, alguns deles em lágrimas, gritavam alto para que o animal fosse para a água. E a Aventureira, como foi batizada, correspondeu à expectativa, desaparecendo atrás da espuma formada pela onda, aos gritos de “viva a tartaruga!!!”.

Entre os emocionados assistentes da cena, estava João Ciaco, então diretor de Comunicação, Marketing e Sustentabilidade da FCA, que entregou nove Jeeps, todos com tração 4x4, para que os responsáveis pelo trabalho de proteção aos ninhos de tartarugas tenham segurança e conforto em suas ações. “Para nós – afirmou Ciaco -, é motivo de muito orgulho fazer parte desta história. Por isso, estamos apoiando esse projeto, que é notável”

Guy Marcovaldi, oceanógrafo, fundador e coordenador nacional do TAMAR lembra que o grupo criador do projeto, usava o Jeep entre 1982 e 1985 no trabalho de salvar a tartaruga da extinção. “Agora, em 2018, vamos reiniciar esta aventura de juntos novamente, protegermos as tartarugas. 

Mas voltando à Aventura, segundo os informes emitidos pelo transmissor, que ela tem colocada no seu casco, a nossa Tartaruga-Cabeçuda saiu da praia do Forte e ficou em Arembepe, ao norte de Salvador, onde ficou vários dias se alimentando em segurança. Elas “estacionam” nestes lugares  e só saem dali quando um deles acaba, explica Guy Marcovaldi.

Dê dois cliques na imagem e assista o vídeo



O que é o TAMAR


Das sete espécies de tartarugas marinhas existentes no Mundo, cinco são encontradas no Litoral brasileiro. Apesar do esforço de várias entidades envolvidas, a tartaruga marinha que habita águas do nosso litoral ainda estão sob a ameaça de extinção, graças à ação de seu maior predador, o HOMEM.

Ele responde pela poluição das águas do oceano,onde joga  lixo de toda espécie, incluindo sacos plásticos que a tartaruga confunde com água viva e fica sufocada quando a engole, dificilmente permanecendo viva depois de comer esta “iguaria”. Isto sem contar o esgoto.

Estão incluídas no Projeto a Fundação Pró-TAMAR e o Centro Tamar/ICMBio, trabalhando em  pesquisas, proteção e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil: tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea).

O TAMAR cuida da proteção de  cerca de 1.100 quilômetros de praias em 25 localidades, em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso das tartarugas marinhas, no litoral e ilhas oceânicas dos estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Você pode conhecer tudo sobre a entidade, visitando o site  www.tamar.org.br

30 anos depois, elas voltam


No dia seguinte ao retorno da Aventura ao mar, que continua suas aventuras pelo Atlântico, foi a vez de dezenas de pequenas criaturas iniciarem sua aventura. Saíram dos ovos, atravessaram a areia e, como provam as pesquisas, apenas uma ou duas, em cada mil sobrevivem para, 30 anos depois, voltarem ao mesmo lugar para depositarem seus ovos. Elas sempre voltam e este é um mistério ainda não desvendado pelo pessoal do TAMAR. Mas um dia eles chegam lá!


Nenhum comentário:

Postar um comentário