segunda-feira, 27 de maio de 2019

NOVOS MOTORES FCA CRIAM 1,2 MIL EMPREGOS


Europa também utilizará motores de Betim 


A FCA Fiat Chrysler Automobiles e seus fornecedores, vão criar 1,2 mil novos empregos a partir de 2020 na nova fábrica que a montadora erguerá no complexo industrial de Betim (MG). Lá, serão produzidas 100 mil unidades/ano da  nova linha de motores. Para tanto, a empresa está anunciando investimentos de R$ 500 milhões, o que significa ampliar para R$ 8,5 bilhões os investimentos na cidade mineira, entre 2018 e 2024.

Os novos motores, que já equipam modelos Fiat na China e na Polônia, fazem parte de uma linha, com versões turbo, de três e quatro cilindros, chamadas de T3 e T4 e o novo E4, cuja patente foi desenvolvida para o nosso País, com tecnologia turbo, própria para o uso de etanol.

Mas os novos motores não serão apenas para uso nos modelos Fiat e Jeep produzidos no Brasil. Até 2022, a FCA deverá exportar 400 mil motores para a Europa, conforme anunciaram o CEO mundial da empresa, Mike Manley e o CEO do grupo para a América Latina, Antonio Filosa. Também os propulsores Fire e Firefly, já produzidos em Betim, serão mandados para a Europa.

Ao comentar a escolha do Brasil para a instalação da nova fábrica de motores, que atraiu o desejo de outros países onde a montadora está instalada, Manley afirmou que são claros os sinais da recuperação brasileira no mercado automobilístico, então “na média, as vendas de veículos crescem 10% este ano e nós da FCA estamos com expansão ainda maior”, justificou.


terça-feira, 14 de maio de 2019

O GROSSEIRO MONSIEUR SE DEU MAL

A monumental entrada de Versailles

O lindo jardim, que inspirou o do Museu o do Ipiranga, em São Paulo

Foi uma bela viagem à França, com passagem pela Inglaterra e Itália, lá pelo início dos anos 80. Éramos em quatro. Eu e três moças. Paris é realmente uma festa. Uma em cada esquina, com todas as luzes que justificam seu "apelido" de Cidade Luz.

O Louvre mostrou sua força com um acervo realmente esplendoroso. Ainda não tinha a pirâmide. Mas foi no Museu Jeu de Paume (que até 1986 abrigava pinturas dos impressionistas), que encontramos obras do meu pintor preferido, Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa, que com sua arte mostrou a beleza da noite parisiense. Fomos a muitos cantos da cidade, sempre usando a sua fabulosa malha metroviária. Tudo uma delícia, muito embora tenhamos enfrentado o que não se possa classificar como bom humor dos parisienses. Em viagens posteriores ao interior França, descobri que o mau humor é uma característica do povo da Capital.


Um luminoso interior

Por falar em mau humor e grosseria, não posso deixar de falar de um episódio ocorridos após a nossa visita ao palácio de Versailles, um lugar realmente espetacular. E lembrar que ele começou como um simples Pavilhão de Caça do rei Luís XIII. Mas seu filho, Luís XIV fez uma grande reforma, transformando-o na moradia da realeza, pois ele queria fugir da "muvuca" que tomava conta de Paris. Então, a partir de 1682 e durante alguns anos, o Châteu de Versailles foi a sede da realeza francesa.

Pois fomos lá, visitar aquela beleza. Um detalhe, quando entramos no Metrô que nos levaria à conexão com o trem (RER - Reseau Express Regional) para lá, um gatuno levou a carteira com o dinheiro de uma das moças. Felizmente só o dinheiro se foi. Alguns francos franceses para as despesas do dia. Na época, nem se sonhava com euros. Fomos em frente. Visitamos e adoramos.

Na volta, ao comprar os bilhetes para o RER, minha amiga, que fala fluente francês, teve uma prova do mau humor e grosseria do funcionário da bilheteria. Ao verificar que o homem havia dado um troco muito, mas muito maior, do que devia, ela voltou ao guichê. dizendo que ela havia errado no troco. 

- Verificasse na hora, não aceito reclamação depois. 

E saia daqui!

Surpresa, a minha amiga respondeu com delicadeza:

- "Monsieur, Vous vous souviendrez de moi aujourd hui quand vous fermerez la caisse à la fin de la jounée".

Tradução: O senhor vai se lembrar de mim quando fechar seu caixa no fim do dia.
Deve ter lembrado - e deve se lembrar até hoje - porque seu troco foi o suficiente para pagar as refeições, de nós quatro, por dois dias. 

Sem contar uns troquinhos para o cafezinho.



terça-feira, 7 de maio de 2019

NO FAROL, O JEITINHO ITALIANO?


Corria o ano de 2011 e lá estávamos, eu e meu querido amigo Vicente Alessi, viajando pela Itália, num poderoso Alfa Romeo, cedido pela Fiat. Nem precisava tanta potência, pois só viajamos pelas estradinhas vicinais onde, além de não pagar pedágio, é possível conhecer melhor o País e as pessoas.

Eu dirigia, pois o Vic, alegando preguiça, se recusava a pegar no volante. Pra mim, tudo bem.

Depois de vários quilômetros e visitas, entre outras, a Prato (onde tem um maravilhoso Museu, o do Tecido), à Torre de Piza, menos torta que muitos prédios aqui da orla da minha amada Santos. E temos uma vantagem, além do Santos FC, claro! Enquanto a torre italiana não pode receber visitas, os prédios tortos de Santos são habitados.

Bem, seguindo por uma dessa estradinhas, passando por pequenos vilarejos, nos deparamos com um semáforo/sinaleira/sinal na entrada de uma delas. E estava vermelho. Ou seja, não podíamos seguir adiante.

Parei e fiquei aguardando o verde.

Com razão, Vic ficou mais impaciente que de costume e dizia: vamos embora, isso tá quebrado.

Usando minha vantagem de estar dirigindo, disse que não!

De repente, um Fiat 500, modelo antigo, passa reto e entra na cidade. Vic enfureceu, alegando que estávamos ali que nem bobos esperando abrir um semáforo que não tinha nenhuma serventia.

- Vamos logo, isso ai tá quebrado.

Mas não obedeci suas ordens.

Segundos depois veio o verde e seguimos adiante.

Nestas pequenas localidades, há sempre uma área para se parar, naquela que é a única e estreita via dos lugares. 

Resolvemos parar e fomos elucidar o enigma do semáforo.

A resposta foi muito simples.

- Nossa rua é muito estreita, temos crianças e idosos andando por ai e não queremos que corram risco, com carros vindos de um lado pro outro.

Quanto ao Cinqüecento que desobedeceu ao sinal: "era um morador da terra. E nós podemos. Simples assim".

Como era hora do almoço, fomos comer num pequeno e encantador restaurante, debruçado sobre um vale, com uma comida dos deuses.

O único desentendimento entre nós na viagem, foi que o Vic se recusou a ir até Pistoia, onde poderíamos conhecer o cemitério onde estavam enterrados os corpos dos nossos heróis da II Guerra Mundial. 

Ah, ia esquecendo. Como fumava o meu amigo Vic!