Antes de me julgarem por esta decisão criminosa e irreversível, leiam aqui a minha justificativa.
Bem, tudo começou junto com essa louca pandemia que mandou todo mundo ficar em casa. Eu obedeci - até porque se não o fizer a minha filha, médica, me esfola vivo, antes do corona - e cá estou quieto, no meu canto.
Acordo, arrumo a cama, escovo os dentes, tomo banho faço minha orações, ligo o rádio (Band 90.9) preparo o café de São Benedito, herança da Ivone, que trabalhou em casa por 19 anos. Calculo que nesse tempo ela deva ter consumido meia tonelada de café. O desjejum matinal é complementado com frutas, mel, aveia em flocos e um nescauzinho batido com maçã (que adoça), bananas nanica e prata, pedaço de gengibre e uma pitada de açúcar demerara.
Bem, isso acontece entre 10 e 12 horas dependendo da hora que acaba o filme da noite anterior no NetFlix (aliás, assistam ao indiano ARTIGO 15, SENSACIONAL!). Daí, faço uma pequena faxina na cozinha e no banheiro, que mantenho limpos para não ter muito trabalho. Vou à área de serviço, ponho a roupa para lavar e começo a recolher a roupa seca.
E ai é que vem a vontade de assassinar a minha vizinha.
Como sei que é uma vizinha e não um vizinho a minha futura vítima? Porque n'outro dia estava maldizendo a hora de tirar a roupa do varal, quando ouvi alguém gritar um nome de uma mulher. E ela respondeu: agora não posso, estou acabando de fazer o almoço. E, de novo, aí veio, invadindo todo o meu ser, pelo nariz, aquele aroma maravilhoso de um feijão cozido com um delicioso bacon e o do arroz bem temperado. Arroz com o perfume do alho e da cebola bem dosados e fritos no óleo (minha vó Eva os fazia na banha de porco, tirada à colheradas de um tacho de louça ao lado da pia, guardando toucinho, linguiças outros). Fora a carne assada - acho que patinho ou lombo de porco, seja o que for, uma delícia!
Quando esse "ódio" consumiu meu coração, corri pro telefone e consultei um advogado amigo (Dr. Marquinhos Cardoso) para saber se isso seria justificativa. Ele riu da minha desgraça e me aconselhou a "processar minha vizinha por constrangimento LEGAL, não ILEGAL, mas LEGAL, pois afinal, ela estava me proporcionando o prazer bom aroma de uma comida gostosa.
Não estou convencido do arrazoado dele. Ela só escapará da minha vingança maligna, se amanhã eu conseguir extrair do Miojo Lamen, o mesmo aroma da comida dela.
Será?
chicolelis
Kkkkkk....me divertindo aqui. Chico, ao invés de matá-la fique amigo, vai que ela te manda marmita. Bj
ResponderExcluirManda um e-mail pedindo um pouco, sob pena de VIZINHACÍDIO em legítima defesa do estômago.
ResponderExcluirMuito bom Chico, com certeza esses aromas nessa época mexem com nossas razões.
ResponderExcluirFica o convite -passada essa situação- de vir em casa provar o feijão carioca da Sônia, o melhor que já provei. Te aguardamos
Convite aceito.Mesmo não sabendo quem é, pois para mim só aparece o desconhecido UNKNOWN.Atélavo a louça.
ExcluirConvite aceito.Mesmo não sabendo quem é, pois para mim só aparece o desconhecido UNKNOWN. Até lavo a louça.
ExcluirMuito legal. Te entendo. Não bastasse o confinamento compulsório ainda tem a tortura do olfato. Um abraço, amigo.
ResponderExcluirTexto mais gostoso de ler. Só posso te oferecer meu café...mas acho q não vão querer kkkk Bjs Carla (Tiana)
ResponderExcluirahahahahahah ahnnn adorei....que pena não poder fazer um arroz e feijão pra vc e olhe,, alias,, sinta ,,,kkk que o meu tbém cheira muito gostoso hehehehehe
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